19 de dezembro de 2008
da cor do que não permanece
"Gokula", Henrique Coutinho
qual a chuva ou o vento
o amor sempre me foi assim
algo arredio em seus súbitos
pelo que vejo paisagem
em despojos da tarde finda
ou na madrugada da estrela
que ruma incerta
dele me ficou o invisível
da solidão sem entretanto
como se do mar em lugar
do azul uma lembrança de sal
rastro de um indelével
instante de quase pranto
dor violeta na hora estival
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5 comentários:
D'Angelo meu amigo, mais um excelente poema mas como quem pressente que a felicidade não existe, que é tudo inútil como os beijos adiados...A solidão é um abismo fatal no interior do silêncio. E você sabe disso. É preciso recuperar o movimento original dos sonhos. É difícil, eu sei, o jogo de viver. Neste Natal guarde uma estrela em seu coração para que lhe nasça no olhar toda a inocência perdida. Um beijo.
Sempre perseguimos o amor desde que o Homem é Homem!
o constumeiro e inescapavel labirinto...
"Do azul, uma lembrança do sal".Gosto da canção desse trecho, dos sons que ela produz.À solidão por debaixo.Primeira vez que venho em seu blog, muito bom!
Lindo, adorei o poema!
Espero que para você o amor não seja mais assim. No entanto, por ele assim o ser, presenteou-nos com esse belo poema.
Um Ano Novo repleto de poesia pa vc!
beijo no coração
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