20 de setembro de 2008

do que se perdera na estação anterior


Claude Monet

eu tateava setembro
e sem panegíricos ao sol
o azul já não me reinava
então absoluto

da minha lira esmaecida
indagava-me uma nota
sobre aquele coração que
antes decifrava os ventos

onde eu o deixara ou
onde ele se perdeu
aquele moinho de sonhos
que outrora girava
dentro do peito meu

Um comentário:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

'Moinho de sonhos', que linda imagem, meu caro!
Esse poema é maravilhoso.