10 de agosto de 2008

um poste nas cercanias do imaginário

 
"Poste", Henrique Coutinho 

verde o campo de degredos
muralhas em azul redor
ali onde não há o mar
imensurável é o silêncio
que remói sem cessar

estática qual totem
de um poste a solitude
sustenta fios e sinais
de outrora

gris a cor dos vaticínios:
galopam nimbos
a chuva não demora

Um comentário:

Henrique Coutinho disse...

O sentimento que me levou a fazer essa aquarela me é incerto - jamais saberia colocá-lo em palavras. Por isso pintei-o. Mas você, muito atento e sensível, traduziu boa parte dele. Linda jóia em poucas palavras.