7 de setembro de 2008
o que me vai na algibeira
"O semeador", Vincent van Gogh
pouco depois que nasci
concedeu-me asas
um hierofante e
também o medo das alturas
com água, vento e fogo
foi sacramentada a
minha solidão
desse labirinto sépia que
é o ontem do meu tempo
às avessas palmilhado
restam cicatrizes no rosto
do coração ferido em ocasos
reminiscências de estrelas
pouco mais a ser levado
carrego comigo alguns
versos de memória
eu que me atenho ao
nexo das palavras
mão nenhuma presa à minha
e ainda a própria sombra
que ora se me esquiva
se foge de mim o sol
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Um comentário:
Angel, muito triste este texto.Parece ter perdido o sentido do nascer, crescer (vida) algo assim, fica bem expressivo um sofrimento inesquecível!!!(solidão?)
Beijos.
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