"Argentuil, fim de tarde", Claude Monet
para Graça Pires
penso em ti no que
da esplanada
contemplas o mar
exegeta desvendando
os vaticínios do vento
se alimentando de
imensidão
entre versos e preces
a nautas e gaivotas
enquanto te despedes
do sol extenuado
mas talvez somente
esperes das estrelas
a sutil chegada
quando serão tuas palavras
iluminuras pela noite
em pontos cardeais
e minha reverência
se torna indagação:
de onde vem a poesia tua
este cabedal de luz
que transbordas
na amplidão?
5 comentários:
Vem de dentro... por ser um ente bonito!
Meu querido amigo, um poema assim entra no coração e os meus olhos enche-se da fragilidade... Há no corpo de todas as mulheres um desvio do mar e a linguagem do vento. Por isso digo: Deixa que teça o trevo na foz das minhas mãos para que seja verde a tua sombra...
Obrigada pelo lindíssimo poema e por todo o carinho.
Um beijo.
Teus poemas são tocantes, de uma simplicidade impar e de profundidade incomensurável.
o mar que nos invade estando dentro de nós...
"vooleta" e "máquina lírica" estão em sintonia com as águas :)
beijos!!
Um grande poeta homenageando outro e o resultado não poderia ser diferente: um belíssimo poema!
Abçs
Postar um comentário