24 de fevereiro de 2011

elipses e bemóis


"Arlequin", Pablo Picasso


semibreves do vento
ou o matiz da manhã
nada me afaga a alma
e abandono palavras
por rimas de silêncios
elipses e bemóis

desdenhando sonhos
o outono antecipo
e assim circunscrevo
a atual estação
neste périplo sem asas
que é a solidão

3 comentários:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Aqui encontro bem afinadas duas de minhas grandes paixões: a pintura e a poesia!...
Que agradável vôo neste espaço.
Parabéns pelos poemas primorosos!
Para voltar outras vezes, linkarei teu endereço lá no meu.
Deixo abraços leves e alados!!!

Graça Pires disse...

Sempre a solidão a marcar as palavras deste meu amigo poeta, como um rosto aberto aos alarmes da melancolia... O poema é belo e triste. Gostei que voltasse.
Um granbe beijo.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Lindo! Solitário, mas eloquente.


Abraços poéticos