meridianos atravesso
sem viver ou navegar
seguindo sem horizontes
a esmo num mesmo mar
sem avistar do amor a
terra firme, leme perdido
por nas tempestades
tanto ter me ancorado
por ter em mim tatuado
indelével como um não
este naufrágio em silêncio
que é a solidão
Um comentário:
Essa solidão em que navegas, poeta, é mar de lirismo e beleza, oceano teu de poesia.
Um belo poema, tatuado por sua marca maior: a solidão de ser.
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