18 de julho de 2010

por vezes


"Moinho em Zaandam", Claude Monet

por vezes sou moinho
indiferente à paisagem
asa que ao longe desvanece
e se escrevo silêncios é
por desertos contemplar

mas ainda ouço atento
as narrativas da brisa
sigo os passos das águas
olhos tenho para tudo
que for estelar

remanescem em mim
o ofício da palavra
o confabular dos sonhos
e o que o coração ainda
possa ensejar

5 comentários:

Luciana Marinho disse...

que não percamos os "olhos para tudo
que for estelar"!

um abraço!

Graça Pires disse...

Escrever silêncios. Ouvir os passos das águas. Como se um súbito amor nos lembrasse a solidão do futuro...
Um beijo meu amigo de sempre.

Luciana Marinho disse...

querido, sinto-me muitíssimo grata por tua presença cheia de poesia no máquina lírica!

obrigada!

um abraço!

Primeira Pessoa disse...

nossos moínhos de vento são reais.

espada na mão, sempre.

abraço grande do

roberto.

Unknown disse...

Nossa!!
Apos os comentarios anteriores dizer mais o quê?!
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