13 de julho de 2015

sem sol e sem asas














"A estrada de Vetheuil sob a neve", Claude Monet

esse pacto desfeito
com a palavra
assim se traduz

sílabas incógnitas
nenhum verso cúmplice
silêncio em ostinato

nenhum azul relato
uma clave de pedra
a me pautar 

sem sol e sem asas
para invernar


3 comentários:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

A poesia te é imanente, ainda que as palavras se ausentem, seu lirismo continuará latente no coração, na alma. Por isso, 'esse pacto desfeito' nada mais é do que uma justificativa lírica para verter poesia desse cântaro perene que te habita.

Estou muito feliz em ver postagem nova por aqui.

Graça Pires disse...

Voltei de novo. Voltarei mais vezes...
Um beijo.

Graça Pires disse...

Então, meu amigo, quando voltam as asas e o sol?
Um beijo.