24 de maio de 2008

eu, Portinari e os campos de arroz











"Espantalho no Arrozal", de Cândido Portinari

semeado está o campo
na paisagem prospera
a solidão
o sol mal se declara
não há asas de quem
espantar:
tão-somente verde e
nunca vendaval

braços sobrestados
fica inanimado ele lá
rota escultura cinzelada
a óleo e pincel
crucificado e mudo
em seu gólgota campesino
qual anônimo cristo
em meio ao arrozal


Nenhum comentário: