8 de julho de 2011

em meio às celebrações do vento


"Paisagem marinha, efeitos da noite"", Claude Monet

neste mar que é
a solidão
que me cerceia
releituras de
estrelas faço
circunstâncias do
inverno contemplo

e desde que nada
nada intento
palavras sobreponho
à dor que medra
em meio às celebrações
do vento

4 comentários:

mfc disse...

Todavia é proibidíssimo desistir!
Um grande abraço.

Graça Pires disse...

Solta ao vento cada angústia que te fere o pensamento. E deixa seguir os sonhos enrodilhados na esperança...
Um beijo, meu querido amigo.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Sabe, tenho muito prazer em ler-te, porque a tua concisa poesia é intensa, autêntica de sentimento.
Lindo poema! Enche minha alma de poética beleza.

Nitelma Fernandes disse...

Navegar no mar da solidão, para mim, sempre costumeiro, nunca foi opcional. Mas na constante exiguidade...deixei-me navegar, conformada em minhas constantes lágrimas. Confesso; as circunstâncias não me faziam crer em mais nada. Tudo era noite. Mas, parafraseando o Tom Jobim"...foi então que da minha infinita tristeza aconteceu você. Encontrei em você a razão de viver e não sofrer mais..." Nesse caso, sem medrar, estarei em meio às celebrações do vento.