1 de fevereiro de 2014

o que é secreto na brisa








   



"Natureza morta com pedra", Pablo Picasso

nada me consente
o instante de pétalas
no que me impera
a hora invernal

assim me vejo vesperal
a solidão transcendendo o
que é secreto na brisa
revés de asas, nada mais

o amor é assaz íngreme
não obstante seu lume ou
todos seus azuis sinais

2 comentários:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Essa solidão lírica que te habita, invernal e poética, que te condena e te absolve na linhas e entrelinhas de tua poesia. Lindo!

Graça Pires disse...

Nada é secreto se o poema transforma a solidão e a memória em palavras belas. Gostei, amigo.
Um beijo.