"Farol e hospício, Zurique", Claude Monet
o coração que silencio
qual barco só e arredio
como que em nós enredado
não sabe se situar
num abismo assim
sem lugar ou tempo
sem um sextante ou
quadrante solar
ancorado num cenário de
naufrágios sem saída
sem contrapartida, horizonte
ou asas para zarpar
ou asas para zarpar
sem nada mais por avistar no
que
tão deserto o meu mar
3 comentários:
Esse teu universo solitário te faz criar desertos infindáveis de poesia, cuja beleza lírica só demonstra o quão fértil e arável é a tua alma.
Que chova na boca das sementes
Ancorar o barco para que não naufrague e depois voar bem alto, meu amigo...
Um beijo.
Postar um comentário