12 de outubro de 2008

solfejos matinais para Assis de Mello


"Cisnes refletindo elefantes", Salvador Dali

não trompete a mim
definir se você Salvador
daqui ou de acolá
ante a surrealeza dessa verve
poesia de estalactites que
respinga alumbramentos
e ressoa tríades dignos
da Guimarães prosa

Isabelas sistinas, pedras
ruínas de verões andarilhos
serpentes, domos, pomos
naturezas tortas e assentes
lesmalucas ou mesmo
o dia que se ancora em
estrelas camulfladas
são a gênese dos sete dias
da sua criação

diria que seu céu abobadado
não é mais azul renitente
se assim belo e violáceo
daí resulta que mais e só
importam seus versos
sacrílegos sobre telas

ou as aves que dançam balelas
enquanto férteis os nimbos
se exaltam e se acumulam

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi D'Angelo,
Que surpresa receber essa referência, sinto-me realmente homenageado.
Mas me diz uma coisa: você consegue vislumbrar um mundo sem nada de surreal ? Eu não. Não mais. E nem gostaria de.
Muuuito bom o seu poema !!! Este e os outros.
Danke, Merci, Gracias, Thank you, Obrigado, Deus-lhe-pague.
Chico (Assis de Mello)

valter machado zero disse...

Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada e bom ano novo!
Está sendo criado um autor cletivo cujo nome é Salvador D"Acolá.
Existem alguns pré-requisitos para serem pedidos a alguém que se interesse em escrever com este Pseudônimo/heterônimo?
Agradeço antecipadamente a resposta.
Há braços
Valter Machado.