9 de junho de 2013

em lugar de barcos



"Barcos", Claude Monet
 
se tanto tenho de cais
é porque meus caminhos
não clamam pelo mar
pelas palavras que abrigo
é outro o lume que sigo
nunca e não o de navegar

diferente do que o vento
no azul sentencia
disponho versos em
lugar de barcos
mesmo que nada  
possa me resgatar

2 comentários:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Poeta, não precisas do mar, porque é oceano a tua poesia, singrado por palavras que navegam intensamente a tua emoção. Por isso, tem em ti muito de cais, pois que teus versos aportam indelevelmente em cada coração.

Anônimo disse...

belíssimo.