1 de maio de 2014

a dor que não se finda
















"Barcos no porto de Honfleur", Claude Monet

no que escrevo assim
à surdina, me esmero
em pouco desvelar
do meu coração cifrado
para quase nada dele
então segredar

recorro a barcos ou a
um imaginário mar
mas  tudo me deslinda
as palavras dissimuladas  
os versos consumados
a dor que não se finda

2 comentários:

Graça Pires disse...

São as palavras que o denunciam, amigo. Não pode escapar à transparência do que diz...
Um grande beijo.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

A poesia é o sigilo do teu coração. Mas quando em versos se faz, desvela o lirismo desmedido da tua emoção.