19 de abril de 2008

luminescena









"Luar", de Paul Klee


vem a calhar
esta luna amarilla
que não passa em branco
nem a náufragos como eu
nem a olhos expectantes

em sertões seja
cidades ou nalgum cais
a beleza aporta
a noite aclara
como se fora dia

e no oceano sideral
a órbita llena faz
o coração alhear-se
do quanto silencia

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