7 de maio de 2013

antes que azuis ou barcos



"Barcos", Claude Monet 

esse desencanto que assinalo
em meus mapas como mar
norteia antes que azuis ou barcos
as milhas dessa solidão que
só eu posso mensurar

onde é inútil toda nostalgia
ou o que se possa singrar
onde o amor é palavra em
permanente soçobrar
 

Um comentário:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Sempre fico perplexa com a beleza desse universo próprio, assinalado de tão somente poesia. Poesia essa, que não só se apresenta cheia de lirismo, mas sobretudo de muita qualidade.
Que a palavra nunca soçobre, para que o amor enfim sobre, nesse seu navegar.