3 de setembro de 2008

do meu caderno de viagens


"O anjo ferido", Hugo Simberg

ávido de azuis
com os olhos desenho voos
pelo que longe e sempre
acima de mim

anjo sem plumagem
rastejo quedas
mortal e tão reles
que nunca querubim

2 comentários:

Graça Pires disse...

"Com os olhos desenho vôos...
anjo sem plumagem
rastejo quedas" A propósito deste poema lembrei-me daquele poema de Miguel Torga que diz: "asa que pode voar no firmamento só rasteja no chão por cobardia"...
É bem melhor levantar voo nem que seja com o olhar.
Um abraço.

Alexandre Bonafim disse...

Belo poema!!!!