24 de agosto de 2008

em Minas navegar


"Vale", Henrique Coutinho

horizontes de cobalto
confinam segredos
barrocas memórias
de ricas vilas
silêncios e clamores
do inconfidente lutar

da outrora capitania
não mais veredas do ouro
já que idos impérios e sóis
restam páginas de um
ideário então nascente
a liberdade que urgia
a forja incandescente
de poetas e heróis

nessa Geraes tão
artífice da história
sem um oceano onde
eu pudesse navegar
em minha vida inglória
fiz dos sonhos meu barco
deste chão meu eterno
e único mar

2 comentários:

Henrique Coutinho disse...

Atrás da cordilheira há o mar de cima, aquele que mergulho sempre nos meus mais caros sonhos. E é nesse oceano que navegam refinados comandantes como você, querido primo, que me trazem a maresia necessária, o hálito da poesia. Obrigado primo. Sem esse ar, perco o rumo.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Mesmo sem ter mar, Minas é teu oceano de inspiração, o chão da tua poesia; onde teu barco comandas com singular maestria.